terça-feira, 15 de julho de 2025
Sugestão da Semana #674
sábado, 12 de julho de 2025
Curtas Vila do Conde começa este Sábado com muito cinema em formato curto
A 33.ª edição do Curtas Vila do Conde começa este Sábado, 12 de Julho, e prolonga-se até dia 20. A exibição do filme The Last Days of Disco, de Whit Stillman (cuja obra será alvo de uma retrospectiva durante o festival) marca a Sessão de Abertura do Curtas.
No Solar, é inaugurada a exposição de Maryam Tafakory - Which pain does film cure?, que estabelece um diálogo com o cinema iraniano pós-revolução e convida à reflexão sobre a sua área geográfica de origem e o papel da mulher tanto na arte como na intervenção social.
Competição Nacional, Internacional e Experimental
Na Competição Nacional, destaque para os mais recentes trabalhos de cineastas como Carlos Lobo, Carlos Pereira, Diogo Salgado, Sofia Bost, Gabriel Abrantes, Alice Eça Guimarães, Inês Oliveira, Gonçalo Almeida, Marcelo Pereira, João Pedro Mamede, Alexandre Sousa, André Silva Santos, Justin Amorim e Paulo Abreu.
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Amarelo Banana, Alexandre Sousa |
Reflexo dos acontecimentos do último ano, a Competição Internacional do Curtas "é uma janela privilegiada para espreitar o estado do mundo: o que fazer perante uma realidade em ebulição, perto da ruptura? Segundo estes filmes, responder com um cinema efervescente, combativo e atento às questões da sociedade", refere a organização do festival. A competir, estão filmes de realizadores como Sergei Loznitsa, John Smith, Vitaly Mansky, Jorge Thielen Armand, Matías Rojas Valencia, Natalia León, Vinnie Ann Bose, Konstantina Kotzamani, Guil Sela, Andrés Ramírez Pulido, Gregor Božič e Marco Bellocchio, entre outros.
Na Competição Experimental, destaque para a estreia do mais recente filme de Maryam Tafakory, Daria’s Night Flowers, mas também para a presença de obras de Morgan Quaintance, Helena Girón e Samuel M. Delgado, Christoph Girardet, Elisabeth Subrin, Helena Gouveia Monteiro, João Pedro Amorim, Helena Wittmann e Theo Panagopoulos, entre muitos outros.
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Eraserhead In a Knitted Shopping Bag, Lili Koss |
Take One!, Curtinhas e My Generation
Na competição Take One!, que apresenta uma selecção de filmes de escola, encontram-se títulos como O Tempo das Cerejas, de Clara Frazão Parente; Henrique Alves Costa: Cinéfilo Inconformista, de Manuel Vitorino; ou Sieger, de Edgar Gomes Ferreira.
Com filmes e actividades direccionadas para os mais novos, a secção Curtinhas traz três Competições para três faixas etárias diferentes, M/3, M/6, M/9, que serão vistas e avaliadas por um júri, composto por um grupo de crianças, entre os 8 e os 12 anos. O filme de abertura da secção é Elio, de Madeline Sharafian, Domee Shi e Adrian Molina. Para além dos filmes, crianças e famílias poderão aproveitar também as oficinas oferecidas pelo festival.
A Competição My Generation consiste num programa com curadoria de jovens de quatro escolas secundárias da região e da Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD), que estiveram envolvidos em todas as fases do processo, desde a selecção das obras até à elaboração de textos, sinopses e cartazes. "Através de nove curtas-metragens, a secção My Generation reflecte o olhar desta geração de jovens sobre o mundo, ajudando-nos a pensar sobre questões atuais através do seu ponto de vista".
Programa Stereo e Vídeos Musicais
Na Competição Vídeos Musicais, destaque para David Bruno – Redlaine, de Francisco Lobo; Linda Martini - A Cantiga É, de Frederico Rompante e Diogo Mendes; Mão Morta - Viva La Muerte!, de Joana Domingues; e Rodrigo Leão – Já Sabia, de João Eleutério.
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Ritas, Oswaldo Santana e Karen Harley |
sexta-feira, 11 de julho de 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Estreias da Semana #674
quarta-feira, 9 de julho de 2025
Sugestão da Semana #673
sábado, 5 de julho de 2025
Estreias da Semana #673
terça-feira, 1 de julho de 2025
Crítica: O Ancoradouro do Tempo (2024)
"Só sei que aqui todos somos ruínas, a única pessoa inteira és tu."
Marta
Em O Ancoradouro do Tempo, Sol de Carvalho adapta ao grande ecrã o livro de Mia Couto (que assina o argumento em co-autoria com o realizador), A Varanda do Frangipani.
Uma pequena fortaleza isolada - o filme foi integralmente filmado na Fortaleza de São Sebastião, na Ilha de Moçambique - serve de cenário a esta longa-metragem que vive entre o Passado e o Presente, o drama e o misticismo, e onde as ruínas e a paisagem proporcionam planos impressionantes.
"Izidine, um inspector da polícia moçambicana recém-promovido, é chamado a um lar de idosos situado numa antiga fortaleza colonial para investigar um crime: o director, Vasto Excelêncio, foi morto. Marta, a enfermeira, tenta chamar a atenção para o verdadeiro crime, a própria existência do lar. Ao mesmo tempo, o detective confronta-se com um facto insólito: todos confessam ser os autores do crime."
Com um argumento bem construído e empolgante, potenciado por excelentes opções de montagem, que alternam entre passado e presente, e se distinguem, essencialmente, pela mudança da cor para o preto e branco, nos momentos de flashbacks, O Ancoradouro do Tempo é uma obra desafiadora q.b. Desde logo, a investigação de um crime onde todos se assumem como sendo o assassino, cada um com a sua versão da morte - e correspondente reconstituição - cria um enigma mordaz, quer para o inspector, como para a plateia. E, mesmo que alguns momentos possam ser um pouco previsíveis, o certo é que seguem-se alguns plot twist surpreendentes.
O elenco faz um trabalho muito competente, com destaque para o protagonista, Izidine, interpretado por Horácio Guiamba, que enfrenta os desafios do caso, mas também um reviver de traumas de infância.
Esteticamente, é fundamental destacar o belíssimo trabalho da direcção de fotografia de André Guiomar: o jogo entre luz e sombras, que constrói muito do lado fantasmagórico da acção, especialmente nas cenas nocturnas, muito bem iluminadas, mas também de dia, tirando todo o partido da beleza da ilha.
Entre o suspense, a superstição, os fantasmas do passado colonial e das práticas macabras baseadas em mitos e falsas crenças, ainda presentes na região, Sol de Carvalho regista como o isolamento de uma ilha pode deixar qualquer um louco, ou apenas mais consciente da sua própria realidade.
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